
Medida prevê identificação funcional, uso de camisas e equipamentos de proteção individual
Um dos principais problemas enfrentados pelos comerciantes da Ceasa é a contratação de carregadores sem a devida documentação e registro. Esses trabalhadores não têm qualquer vínculo empregatício com as empresas que operam na Ceasa e, muitas vezes, não possuem os equipamentos adequados para o transporte de cargas pesadas. Além disso, não passam por treinamento ou capacitação, o que aumenta os riscos de acidentes e danos aos produtos.
Para debater essas questões e mitigar as dificuldades a presidente da Ceasa/RJ, Bianca de Carvalho, e os presidentes da Associação dos Produtores e usuários da Ceasa (Acegri), Waldir de Lemos (à direita) e da Associação dos Carregadores Autônomos da Ceasa (Acacerj), Sérgio Barreto (à esquerda), se reuniram na última segunda-feira (15), no prédio administrativo da Ceasa de Irajá.
Carregadores Cadastrados
De acordo com o presidente da Accerj, Sérgio Barreto, a Associação dos Carregadores tem trabalhado na conscientização da necessidade de recolhimento da contribuição previdenciária e da importância da utilização de equipamentos de proteção individual (EPI).
“Queremos proporcionar melhores condições de trabalho aos quase mil e seiscentos carregadores cadastrados que atuam hoje no mercado de Irajá. Vamos fazer um trabalho para regularizar os demais e que, no futuro, apenas carregadores cadastrados atuem no mercado”, disse Sérgio Vieira.
Ele completou que cerca de 80% dos trabalhadores da Accerj são moradores de comunidades vizinhas à Ceasa de Irajá. “São pais de família que buscam nesse trabalho o sustento. Homens que todos os dias levantam de madrugada e seguem para contribuir com o funcionamento do mercado", destacou Barreto.
Padronização e Segurança
A presidente da Ceasa/RJ ressaltou a importância em padronizar os carrinhos e camisas dos carregadores para facilitar a identificação visual dos profissionais cadastrados.
Bianca de Carvalho debateu ainda ações para melhorar a segurança no ambiente de trabalho, como a implementação de medidas de prevenção de acidentes e a disponibilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados.
“Com essas ações podemos garantir condições dignas de trabalho para esses profissionais e melhor o funcionamento do mercado", declarou.
Qualificação Profissional
O presidente da Acegri, Waldir de Lemos, avaliou como positiva a possibilidade de oferecer capacitação profissional aos carregadores, visando o aprimoramento de suas habilidades e a valorização da atividade.
O dirigente disponibilizou o espaço da Associação dos Usuários e Comerciantes da Ceasa para possíveis aulas de qualificação.
“Regularizar os carregadores é um desafio para todos nós. A busca por soluções conjuntas é fundamental para condições dignas de trabalho e segurança, para o bom funcionamento do mercado e para o abastecimento adequado de alimentos no estado do Rio de Janeiro”, avaliou Waldir de Lemos.
